Cidade de Corinto

 

peloponeso 

A antiga e célebre cidade de Corinto foi conquistada pelos romanos em 146 AC que a destruíram completamente. Dado, porém, a sua importância estratégica, foi reconstruída por Júlio César em 46 AC e transformada na capital da província da Acaia em 27 AC, conhecendo, a partir daí, um grande desenvolvimento, que fez dela uma das principais metrópoles do império.
A cidade devia a sua importância ao facto de ficar estrategicamente colocada entre dois mares e de ser servida por dois portos, Lecaio a ocidente, ligando-a ao mar Adriático, através do Golfo de Corinto e Cêncreas, a oriente, sobre o mar Ageu. Um sistema de transportes permitia a transferência de mercadorias e navios de um para outro porto, evitando a circum-navegação do Peloponeso (constitui uma larga península no sul da Grécia). Corinto era uma cidade cheia de movimento e ponto de encontro de todas as culturas e religiões do Mediterrâneo, contando, no inicio da nossa era, com uma população de cerca de 500.000 habitantes, uma boa parte dos quais escravos ou libertos que constituíam as classes menos favorecidas.
A vida em Corinto era conhecida em todo o império pelo fausto e licenciosidade dos costumes, que tinham dado origem a sintomáticas expressões como “viver à coríntia” e “moça coríntia”. Particularmente famoso era o templo de Afrodite, a deusa do amor, à volta da qual se exercia a prostituição sagrada e cujas festividades davam azo a grandes orgias. Estrabão (historiador, geógrafo e filósofo grego) fala de mil sacerdotisas que se dedicavam à prostituição sagrada, embora esta cifra seja considerada exagerada pelos historiadores.

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Texto publicado no site Escritos Paulinos

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